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sábado, 20 de setembro de 2014

REII

Grupo Marcos

O nome Marcos – o nome-símbolo do grupo é uma homenagem a uma encarnação de Eurípedes Barsanulfo, nosso dirigente espiritual, que ocorreu à época de Cristo.

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Reflexos Educacionais II

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Reflexões  Educacionais II

Criatividade e Espiritismo 

 

Marcos

 

Reflexões  Educacionais II

Criatividade e Espiritismo

 

Fortaleza – 2014

 

              

Dedicatória

 

A você, educador espírita, que tem a coragem de ouvir a voz suave e poderosa do Mestre e, apesar das limitações, estende mãos generosas aos sedentos de luz.

 

Agradecimento

 

Aos amigos espirituais, que entendendo as ansiedades profundas de quem ama a educação espírita, estendem mãos generosas e amigas para nos auxiliar na mais nobre de todas as tarefas: estimular a criatura a caminhar em direção ao Pai criador.

 

Sumário

 

Introdução

 

I – Saber o que e como ensina

 

II– O compromisso com a própria evolução

 

III - A rotina escravizante

 

IV - O medo da criatividade

 

V- A renovação segundo as Leis de Deus

 

VI- Submissão a vontade harmônica e criativa de Deus

 

VII –O messias inovador

 

VIII – A fraqueza culposa

 

Conclusão

 

Bibliografia

 

 

 

Introdução

 

Amiga educadora e amigo educador,

 

Este pequeno livro trata de um tema esquecido, a criatividade. É nosso sincero desejo despertar em você a reflexão e o sentimento de busca pelo aperfeiçoamento constante.

Todos os nosso exemplo e comentários tem esse objetivo se, vez ou outra, nos referimos ao nosso movimento é como intuito de reconhecer as nossas próprias falhas para superá-las.

Nenhuma mudança real se faz sozinha, seja íntima, seja social é sempre fruto de interações, contatos humanos verdadeiros. É a isso que nos propomos, aproximar nosso coração para que juntos, escutando as dores um do outro, sejamos aqueles que caminham com determinação. Esperamos que esse livro contribui a nossa transformação real.

 

Fortaleza, 8 de setembro de 2014

 

 

 

 Capítulo I

 

Saber o que e como ensinar

 

        Qual o conteúdo essencial do processo educativo espírita? O que desejamos ensinar em nosso grupo de educação espírita? (Entendemos como grupo de educação espírita os grupos de infância, juventude, adultos, idosos, estudo do Evangelho, reuniões mediúnicas, gestantes, dentre outros.) Sem ter clareza das respostas a essas questões não se vai muito longe.

        Além da resposta a essa questão é preciso saber: como atingir o objetivo definido? Quer dizer, que estrada percorrer para alcançar o destino que queremos? Essas reflexões são a bússola indispensável, para que não nos percamos no caminho.

Comecemos pela primeira pergunta. O que ensinar? A resposta é fácil: Espiritismo. Afinal, estamos falando de grupos de educação espírita. E se as pessoas não forem espíritas? Indagam alguns educadores. Não tem problema, conhecerão a Doutrina Espírita e avaliarão se ela pode ajudá-las ou não. Elas só poderão avaliar se conhecerem, e se estão em um grupo de educação espírita é importante que conheçam o que é o Espiritismo.

Definir objetivo foi fácil: ensinar Espiritismo. Agora, temos a segunda parte que é mais desafiadora: como ensinar a Doutrina Espírita? É sobre essa questão que gostaria conversar detalhadamente com você. Ela é muito importante, vale, como se diz, “dois dedos de prosa.”

Como estamos ensinando o Espiritismo em nossos grupos de educação espírita? Ensinamos de uma maneira monótona, tradicional e sem inovações ou utilizamos a criatividade, despertamos o interesse do educando e conseguimos surpreender (como fazia Jesus) o grupo com abordagens e explicações que ampliam a compreensão do mundo dos sentimentos, da sociedade e da obra divina? Eis a questão: nossos métodos são ou não são métodos espíritas? Essa é nossa reflexão inicial.

Estamos seguindo, na medida máxima de nossa capacidade, o modelo educacional de Jesus? Para seguirmos, fielmente, o modelo pedagógico de Jesus, que é a pedagogia divina, precisamos conhecer os fundamentos das Leis de Deus e ensiná-los de uma maneira adequada. A Doutrina Espírita nos explica os fundamentos da Lei de Deus, mas de que forma ensiná-los? Para seguirmos a forma de ensinar do Mestre, precisamos de algo mais do que o conhecimento intelectual do Espiritismo... Mas o que é esse “algo mais”?

Primeiro: vivência. A vivência cristã é o oposto das antigas - e chatas - pregações que induzem a autodesvalorização e ao fingimento. Não podemos reproduzir esse modelo, nossa tarefa é construir o futuro luminoso da humanidade.

Falar de vivência é falar do esforço sincero, possível, de nos tornarmos melhores. Refiro-me a renúncia necessária a nossa evolução, do esforço de perdoar, do esforço de organizar boas aulas, da oração sincera pelos nossos educandos. É o investimento em nossa evolução, esforço para ampliarmos nossas capacidades intelectuais, emocionais e mediúnicas.

Esse é o elemento central do caminho espírita: o compromisso do educador com a própria evolução. A ampliação das conquistas espirituais do educador é o mais poderoso estimulante à evolução dos educandos.

Com o objetivo de ajudar com esse compromisso, trabalharemos as temáticas estudadas por Allan Kardec em O Livro dos Espíritos, porém antes de estudarmos essa dimensão do currículo, abordaremos o que se define como currículo oculto (ver a introdução desse tema no volume I de Reflexões Educacionais) e que tem no educador seu eixo central. Trataremos, portanto, da formação emocional do educador antes de discutirmos o currículo explícito.

 

 

 

Capítulo II

 

O compromisso com a própria evolução.

 

“O homem deve ter o mérito das suas ações, como tem a sua responsabilidade”

(comentário de Allan Kardec a questão 199-a em “O Livro dos Espíritos”)

 

“... o homem seria uma máquina, sem livre arbítrio e sem a responsabilidade dos seus atos”

(comentário de Allan Kardec a questão 370-a em O Livro dos Espíritos)

 

 

Cabe ao educador espírita superar as falsas concepções, que muitas vezes existem até no centro espírita, do que seja um espírita sincero. Fiquemos com a definição de Kardec:

 

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações (...) compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.” (KARDEC, 1996, p.251)

 

Quer dizer, ninguém precisa ser santo, nem espírito superior para ser espírita sincero. Agora, pergunto: o que significa se esforçar para se libertar, o que é comprometer-se com a própria evolução?

Entendendo que estamos em um mundo inferior, esse compromisso se expressa no esforço de libertação das influências do meio em que vivemos. A tendência dos mundos inferiores é a tudo padronizar e tornar monótono e apenas nesse momento histórico, na Terra, começamos a entender que esse não é o melhor caminho.

Fazer o esforço necessário para entender a especificidade de cada ser e de cada obra da criação que nos cerca é essencial para superar a visão padronizada que predomina em nossa sociedade. Entender que se os padrões, algumas vezes, são uma necessidade devido ao nosso atraso intelectual e emocional, mas que é obrigação, de quem deseja evoluir, superá-los. Padronizou Deus a seus filhos ou mesmo aos animais? Harmonia e diversidade é a mensagem do universo, afirma Kardec, em comentário a questão 635 (2009, p.228), “a diversidade está na ordem das coisas [e] é conforme a Lei de Deus”

Jesus é sempre o maior modelo de prática educativa e com ele não há padronização desestimulante! As situações educativas são as mais diferenciadas. Devemos seguir o modelo educacional do Cristo ou o modelo monótono predominante no mundo? Por que não nos estimularmos ao novo e ao belo?

Não devemos nos apegar, por medo ou insegurança, aos modelos inferiores do mundo! A ideia cristã é de renovação do mundo. Iniciemos renovando a nós mesmos e ao processo de educação espírita! Por isso, propomos que as aulas espíritas tenham uma estrutura harmônica e diferenciada.

Amigo e amiga educador, queremos preparar-te para desenvolver a tua criatividade, teu poder de inovar e de aperfeiçoar a si mesmo e a educação espírita. É possível! O Cristo já nos deu um caminho seguro para fazermos. É com esse objetivo que apresentamos nossa proposta educacional em livro anterior e nesse refletiremos sobre a criatividade e a educação.

Para superarmos a influência inferiorizadora do meio em que vivemos, também é necessário que o conheçamos. Parece óbvio o que afirmamos, mas não é! Muito educadores têm medo de discutir as questões da vida social nos grupos espíritas. Esquecem que Jesus educava em meio à multidão...

Como estamos ensinando? Isolamos o centro espírita do mundo? Estamos “fazendo” um novo mosteiro?

Não é necessário, nem correto, transformarmos o centro espírita em um clube ou em partido político, certamente, não é esse o caminho. O que defendemos é a reflexão sobre as questões atuais – como fazia Kardec na Revista Espírita – discutir-se o filme do momento, uma tragédia coletiva, um acidente, uma descoberta científica ou os problemas ecológicos, sempre, à luz da Doutrina Espírita. Isso não irá desmerecer ninguém, e é uma maneira de provarmos a atualidade da Doutrina que amamos.

E por que não debatermos com os educandos como fez Jesus e Eurípedes Barsanulfo no colégio Allan Kardec? Por que não lhes perguntar a opinião sobre o assunto a ser estudado? Por que não estimular o debate ético e respeitoso? Talvez alguns digam que isso pode gerar confusão e tumulto, mas não seria uma excelente prática educativa mostrar que se pode debater sem odiar? Não permitiu o Cristo que os apóstolos expressassem seus pontos de vista? Ele não os estimulava a se posicionarem? Sim, Ele o fazia. E nós, seus seguidores, como estamos fazendo?

Com um tema atual e com a expressão das diversas opiniões, preparamos o terreno para a semeadura doutrinária. É hora de expressarmos, de formas diversas, a grandeza da doutrina que explica as estruturas das Leis de Deus e que ilumina a compreensão sobre questões cotidianas.

Além disso, por que não considerar, também, a importante questão 919 de O Livro dos Espíritos sobre o autoconhecimento? Por que não termos um momento de autoconhecimento em nosso grupo de educação espírita? Investir na educação dos sentimentos seria um erro ou um avanço significativo nos encontros? Não é necessário muito tempo, 5 ou 10 minutos por encontro são suficientes para desencadear o processo de encontro consigo e de compartilhamento com o grupo.

Após esse momento, por que não utilizar a arte? Nós que tanto sabemos da influência negativa da mídia, não devemos usar a arte para estimular o Bem? Não deveríamos, em cada encontro, ter um momento artístico que nos envolvesse emocionalmente com o que é nobre e elevado? Não é a arte pela arte, é a arte como estímulo de elevação moral e intelectual. Pensemos nisso. 

Uma aula que conte com esses elementos será um estímulo poderoso para o crescimento espiritual do educador e do educando que durante a semana se esforçarão para melhor vivenciar a Doutrina Espírita... Errando e acertando, como sempre, mas crescendo moral e intelectualmente. Esse é o desejo do Mestre.

Quais são os desafios a serem enfrentados para aperfeiçoarmos a educação espírita em nossos grupos? A rotina e o medo da inovação. Dedicaremos os demais capítulos para abordar esses temas. Se conseguirmos avançar superando esses obstáculos iniciais, o caminho será maravilhoso.

 

 

 

 



Capítulo III

 

A rotina escravizante

 

 

Infeliz do Espírito preguiçoso, daquele que fecha o seu entendimento! Infeliz, porque nós, que somos os guias da humanidade em marcha, o chicotearemos, e forçaremos a sua vontade rebelde, com o duplo esforço do freio e da espora.

(LÁZARO. Obediência e resignação In: KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, Cap.IX, item 8)

 

Irmãos, sede vencedores da rotina escravizante.

(BARSANULFO, Eurípedes. O Espírito da Verdade. Psicografia Francisco Xavier e Waldo Vieira. Edição FEB)

 

 

 

A rotina é outra característica central dos mundos inferiores. Ela é necessária para a organização, devemos ter dia e horário para as nossas atividades, isso é importante. Contudo, quando nos acomodamos em ações repetitivas, nos diversos setores da vida, inclusive, em nossos grupos educativos, estaremos estimulando o tédio, o vazio existencial e o adormecimento dos potenciais psíquicos de todos.

Como superar a rotina escravizante e vivenciarmos a proposta de educação espírita que apresentamos? Existe apenas um pré-requisito indispensável: que você se proponha a uma vivência diária superior.

É preciso que você vivencie intelectual e emocionalmente a libertação do que Eurípedes Barsanulfo chamou de “rotina escravizante”, pois em algum grau todos somos escravos desse tipo de rotina, por isso estamos em um mundo atrasado... É hora de nos libertarmos e ajudarmos nossos educandos a se aproximarem do Cristo. É nosso dever.

Sejamos revolucionários cristãos. Iniciemos mudando a nós mesmos. Esse livro tratará de dois temas que são indispensáveis ao processo de crescimento espiritual que, hoje, são temas tabus em nosso movimento: criatividade e inovação.Por isso, vamos resgatar a compreensão de Jesus e Kardec sobre esses temas, nossas referências são O Novo Testamento e à Codificação espírita.

Iniciemos tendo como referência o Cristo. Ensina-nos a história das ideias e dos costumes que ele foi o maior revolucionário que já existiu.  Chocou a quase todos com suas ações e palavras, embora Seu intuito nunca fosse o de agredir ninguém, e sim ensinar aos homens e às mulheres o caminho da evolução espiritual. Se para isso era necessário afrontar os “bons costumes”, que impediam o aprendizado do amor, Ele os afrontou.

O Mestre criticou, principalmente, por meio de Seu exemplo, as crenças arraigadas como a de não ajudar ninguém no Sábado e a de desprezar as mulheres e as crianças. Talvez, alguém pense, que tudo isso é passado... Infelizmente não é assim!

Ainda não mantemos a crença cega nos métodos de educação tradicionalista sem questionarmos se eles estão, de fato, adequados a realidade de nosso grupo de educação espírita? Ainda não nos acomodamos, como os rabinos do Templo, afirmando que a responsabilidade de refletir e de melhorar a sociedade é de Deus? Ainda não utilizamos várias desculpas para justificar nosso pouco preparo? A acomodação com costumes infelizes, talvez, ainda caracterize o nosso movimento... Não cabe a nós - educadores espíritas - buscar inovar e aperfeiçoar as aulas que são de nossa responsabilidade?

Pensamos que como na parábola do Filho Pródigo, depois de nos entregarmos a rotina massacrante dos métodos de educação tradicional é hora de fazermos um novo caminho, um caminho inspirado pelo Cristo, um caminho em direção a uma metodologia superior. Uma metodologia nova, empolgante e emocionalmente educativa. Basta de aulas repetitivas! O caminho em direção a Deus é, por definição, a maior aventura espiritual que se possa imaginar. Nesse caminho, devemos nos emocionar, partilhar experiências, aprendizado, crescimento espiritual. Se sua aula não é assim, pense e questione-se: seu caminho, de fato, é o caminho do auto-encontro e do encontro com o Pai?Pensamos que de todos os caminhos, apenas aqueles que conduzem a Deus, valem o esforço de serem percorrido. Respeitamos, verdadeiramente, as opiniões diversas, mas essa é nossa opinião.

O medo de errar tem tornado os educadores espíritas repetidores de aulas prontas e, com isso, cometem o pior erro: apresentam a Doutrina Espírita como um conjunto de teorias sem vida e sem sabor. Foi assim que fez o Cristo? Certamente, não! Ensinava com técnicas que valorizam o interesse pela vida, pelos sofredores, por Deus. Suas aulas eram diferenciadas! Quanta diferença entre o Sermão da Montanha e a cura de Lázaro! E em ambas as situações o Mestre ensinava. Quanta diferença entre observar as doações no Templo e dialogar com espíritos inferiores, mas ambas eram vivências educativas, como devem ser os encontros nos grupos espíritas. Ele ensinava adequando o conteúdo e o método aos educandos e não como fazíamos, escolhendo o conteúdo pré-definido e tentando obrigar a todos que se interessem...

Se não mudarmos os métodos educativos em nossos grupos como conseguiremos renovar a Terra? Como acabar com a miséria material se não conseguimos sequer motivar os educandos a se melhorarem? Como acabar com a miséria moral se não instituirmos, em nossas aulas, um estímulo poderoso ao progresso de todos? Sabemos que a evolução exige inovação. Inovação tecnológica, mas também inovação na forma de pensar, de aprender e de ensinar. Por que não nos inspirarmos nos mundos superiores para instituirmos uma educação melhor? Por que não instituirmos um processo educativo que nos ajude a superar nossas limitações, nos torne mais equilibrados emocionalmente, mais lúcidos e perspicazes? Por que nos acomodar em um modelo que não tem atendido aos anseios de crescimento espiritual nem dos educadores nem dos educandos? Por medo? Por receio de errar?

Desculpe amigo, se tanto insisto nesse ponto. É porque não devemos ser como aqueles da Parábola dos Talentos que enterram o tesouro com medo de perdê-lo, pois, segundo o Cristo, esses não serão considerados entre os bons servidores e perderão tudo o que lhes foi confiado. Em outras palavras, evoluir exige coragem e dedicação! Estamos juntos? Então, vamos em frente! O Cristo nos ampara.

 
 

 

 

 

 



Capítulo IV

 

O medo da criatividade 

 

 

 
  Gravura. Casa de Mozart, em Júpiter 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como planejar e construir uma residência como esta sem criatividade?

 

Vejamos o comentário, publicado na Revista Espírita de Kardec, que apresentamos é sobre os detalhes da decoração da fachada da casa de Mozart em Júpiter:

         Há mais; parece que esse simbolismo tem suas regras e seus segredos. Todos esses ornamentos não estão dispostos ao acaso: têm sua ordem lógica e sua significação precisa; mas é uma arte que os Espíritos de Júpiter renunciam em nos fazer compreender, pelo menos até este dia, e sobre a qual não se explicam de bom grado. (KARDEC, 2007, p.359-360)

 

        A descrição que segue é de jardins flutuantes de Júpiter e do anoitecer naquele planeta.

 

Nós temos, disse o mesmo Espírito, dessas moitas de flores enormes, das quais não poderíeis imaginar nem as formas nem as nuanças, e de uma leveza de tecido que as torna quase transparentes. Balançando no ar, onde longas folhas as sustem, e armadas de gavinhas semelhantes às da videira, se reúnem em nuvens de mil tintas ou se dispersam ao sabor do vento, e preparam encantador espetáculo aos passeadores da cidade baixa...  imagine a graça dessas jangadas de verdura, desses jardins flutuantes que nossa vontade pode fazer e desfazer e que duram, às vezes, toda uma estação! Longas fiadas de cipó de ramos floridos se destacam dessas alturas e pendem até a terra, pencas enormes se agitam sacudindo seus perfumes e suas pétalas que se desfolham... Os Espíritos que atravessam o ar aí se detêm na passagem: é um lugar de repouso e de reencontro, e, querendo-se, um meio de transporte para rematar a viagem sem fadiga e em companhia.

Um outro Espírito estava sentado sobre uma dessas flores no momento em que eu o evoquei.

Nesse momento, disse-me ele, é noite em Julnius, estou sentado à parte sobre uma dessas flores do ar que não desabrocham aqui senão à claridade de nossas luas. Sob meus pés toda cidade baixa dorme; mas sobre minha cabeça e ao meu redor, a perder de vista, não há senão movimento e alegria no espaço. Dormimos pouco: nossa alma é muito desligada para que as necessidades do corpo sejam tirânicas; e a noite é antes feita para nossos servidores do que para nós. É a hora das visitas e das longas conversas, de passeadores solitários, de fantasias, da música. Não vejo senão moradas aéreas resplandecentes de luzes ou jangadas de folhas e de flores carregadas de bandos alegres... A primeira de nossas luas clareia toda a cidade baixa: é uma doce luz comparável a de vosso luar; mas, do lado do lago, a segunda se eleva, e esta tem reflexos esverdeados que dão a todo o rio o aspecto de um grande gramado... (KARDEC, 2007, p.355)

Tudo isso foi publicado na Revista Espírita, de Allan Kardec, em Agosto de 1858.

        Temos a coragem de inovar como fez Victorien Sardou, médium que recebeu estas mensagens e os desenhos, afrontando as opiniões conservadoras ao publicar essas descrições Júpiter? Temos coragem de inovar os métodos educacionais ou mesmo sabendo que adotamos métodos tradicionais que não funcionam preferimos nos acomodar?

É curioso como é comum vermos pessoas que afirmam que gostariam de viver nesses lugares, em que a ética e a criatividade organizam a vida de forma superior a do mundo terreno, mas que são apegadas a rotinas escravizantes. Estariam no caminho correto? Eis uma questão delicada e pessoal.

Nosso intuito em apresentar essas descrições não é incentivar uma fuga da realidade terrena, mas estimular a todos a mudar a ordem social injusta e monótona que existe no mundo. Para que essa mudança seja real, ela deve ser feita no íntimo de cada um e transbordar para o grupo de educação espírita, bem como para a vida como um todo.

Não seria melhor vivermos em um constante processo de descoberta e aprendizado? A vida não seria menos dura se aprendêssemos a vivenciar cada oportunidade com a finalidade de nos melhorarmos? As provações não seriam menos ásperas se construíssemos grupos educacionais em que o amparo de todos fosse ofertado com naturalidade? O que falta para termos essas vivências? Falta querermos, simplesmente, querermos!

Certamente, na Terra, não temos os espetáculos da natureza acima descritos, porém podemos vivenciar experiências engrandecedoras se nos dispusermos a isso. O Cristo propiciou aos discípulos momentos de profunda emoção. Será que não poderíamos proporcionar aqueles a quem amamos alguns momentos de reflexão e amizade em nossos encontros?

Será que nossos anjos guardiões, bem como aqueles responsáveis pelos grupos educacionais, não gostariam que ampliássemos a compreensão da Doutrina e, consequentemente, da vida? Podemos afirmar que sim. Eles querem! Contudo, a verdade é que os corações e as mentes, de muitos, ainda estão bloqueados para a evolução...

Por isso, criamos regras e regras que impedem o aperfeiçoamento das atividades educativas, estamos presos a métodos que foram úteis, mas que estão completamente ultrapassados. Métodos que não correspondem mais as necessidades dos educandos e dos educadores. Um método de ensino espírita deve ser avaliado pelos seus frutos, se o método não estimule a todos ao crescimento, deve ser mudado. Não falo dos que nada querem, já que a estes nada agrada, mas para daqueles que desejam ardentemente evoluir.

A missão do Espiritismo, conforme define o codificador, é auxiliar a implantação de uma sociedade mais justa e feliz no mundo. Mas, como fazer isso utilizando fórmulas já desgastadas e desmotivadoras? Será racional adotarmos fórmulas que a ninguém mais estimula quando o Mestre nos ensinou a sermos verdadeiros motivadores do crescimento espiritual de todos?

Educador espírita, necessário é que compreendas a tua tarefa. Supera o temor de aperfeiçoar-te e de inovar em tuas tarefas. Confia em Deus, estuda, planeja e tudo conspirará em teu favor e de teus amigos de educação. O movimento espírita precisa de renovação! A Novas Geração deve aprender que o Espiritismo é a luz do Cristo a iluminar-lhe a vida, os conflitos, os dramas e o lazer.

Senão lhes ensinardes isso, de forma prática, tua missão não será exitosa. Este livro é um convite amigo e sincero: queremos que faças parte conosco de um movimento de renovação. Comecemos eu e você, ampliaremos, posteriormente, a renovação aos nossos educandos e as outras esferas de nossas vidas e assim estaremos construindo o mundo cristão que desejamos.

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Capítulo V

 

A renovação segundo as Leis de Deus

 

 

Escutemos agora O Livro dos Espíritos, focalizando um tema específico: a renovação segundo as Leis de Deus. Não esgotaremos o assunto, mas mostraremos que em cada uma das quatro partes de obra encontrarás um incentivo inegável a renovação e a criatividade.

O objetivo é um só: ajudar a superar o medo de crescer espiritualmente, de inovar, de se melhorar e de melhorar os Encontros Educacionais Espíritas. Estais dispostos? Desejo que sim, há tanta beleza na criação de Deus, por que se afastar dela? Continuemos no caminho espírita em direção ao Pai.

        Como as questões número 1, 4 e 8 relacionam-se com a criatividade?

 

1. O que é Deus?

– Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.  (KARDEC, 2009, p.57)

 

4. Onde podemos encontrar a prova da existência de Deus?

– Num axioma que aplicais às vossas ciências: Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá.

Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da Criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa.

      Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa. (KARDEC, 2009, p.57-58)

 

8. Que pensar da opinião que atribui a formação primária a uma combinação fortuita da matéria, ou, seja, ao acaso?

      – Outro absurdo! Que homem de bom senso pode considerar o acaso como um ser inteligente? E, além disso, o que é o acaso? Nada.

      A harmonia que regula as forças do Universo revela combinações e fins determinados, e por isso mesmo um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso seria uma falta de senso, porque o acaso é cego e não pode produzir efeitos inteligentes. Um acaso inteligente já não seria acaso. (KARDEC, 2009, p. 57-58)

 

Deus é o referencial máximo no universo. O que temos aprendido com Deus? Ou melhor, o que a nossa compreensão de Deus, apesar de limitada, nos ensina? Já observamos a harmonia criativa da criação? Mesmo uma tempestade é apenas uma aparente desordem que produz o progresso e o bem estar!

Refletimos o suficiente sobre o inteligentíssimo processo das correntes de ar que permitem a vida na Terra ou sobre a harmonia dinâmica dos oceanos? Já ousamos imaginar que tipo de ordem criativa impera no universo? Bilhões de sóis que se movem e se sustentam aparentemente no vazio... Ninguém que sinta e conheça os atributos do Criador, olhando as estrelas, afirmaria que elas foram dispostas no espaço ao acaso, contudo ainda não percebemos a ordem superior, originária de uma criatividade superior que as organiza:a criatividade divina. 

Tendo Deus como parâmetro máximo, poderíamos afirmar que a criatividade é algo inferior? Certamente não! Por que, então, desenvolvemos estruturas de aulas que falam do Criador de forma monótona? Será adequado falar do Criador de todas as coisas, do Sublime Artista, de maneira repetitiva e maçante? Esse é o ponto central ao tratarmos o tema Deus: como apresentar o Sublime Artista de forma adequada, quer dizer, criativa, empolgante e sensibilizadora?

 

As questões 9 e 19  auxiliam a entendermos melhor a grandeza de Deus.

 

9. Onde se pode ver, na causa primária, uma inteligência suprema, superior a todas as outras?

        _Tendes um provérbio que diz o seguinte: Pela obra se conhece o autor. Pois bem: vede a obra e procurai o autor! É o orgulho que gera a incredulidade. O homem orgulhoso nada admite acima de si, e é por isso que se considera um espírito forte. Pobre ser, que um sopro de Deus pode abater!

          Julga-se o poder de uma inteligência pelas suas obras.Como nenhum ser humano pode criar o que a Natureza produz, a causa primária há de estar numa inteligência superior à Humanidade.

         Sejam quais forem os prodígios realizados pela inteligência humana, esta inteligência tem também uma causa primária. Esta inteligência superior é a causa primária de todas as coisas, qualquer que seja o nome pelo qual o homem a designe. (KARDEC, 2009, p.58, grifo nosso)

 

19. O homem não poderá, pelas investigações da Ciência, penetrar alguns dos segredos da Natureza?

       – A Ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os sentidos,

mas ele não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.

       Quanto mais é permitido ao homem penetrar nesses mistérios, maior deve ser a sua admiração pelo poder e a sabedoria do Criador. Mas,  seja por orgulho, seja por fraqueza, sua própria inteligência o torna frequentemente joguete da ilusão. Ele acumula sistemas sobre sistemas, e cada dia que passa mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades repeliu como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho. (KARDEC, 2009, p.62, grifo nosso) 

Os espíritas têm maiores condições de compreender a Deus, por isso, não deveriam elaborar aulas mais tocantes ao tratar com esse tema? Não poderíamos aliar as explicações sobre as concepções de Deus e sobre a concepção espírita a reflexão de como sentimos Deus? Não poderíamos compartilhar um pouco de nossa vida contando um momento especial em que nos sentimos mais próximos de Deus?

Os primeiros questionamentos íntimos, do educador, antes de elaborar uma aula sobre esse tema poderiam ser.

Como sinto Deus?

Como Ele está presente em minha vida?

O que mais me emociona na obra da criação?

Qual dos atributos de Deus mais me sensibiliza?

O que devo fazer para ter uma experiência que me aproxime de Deus?

Atenção amigo e amiga, esta é nossa proposta: você deve preparar-se intelectual e, também, emocionalmente para as vivências educacionais. Somente assim serás um educador inspirado pelos bons espíritos. O trabalho começa sempre, sempre, em você. Esse é o método de Deus para a Sua criação.

Observemos as questões 35, 36 e 41. 

 

35. O espaço universal é infinito ou limitado?

– Infinito. Supõe limites para ele: o que haveria além? Isto confunde a tua razão, bem o sei, e no entanto a razão te diz que não pode ser de outra maneira. O mesmo se dá com o infinito, em todas as coisas; não é na vossa pequena esfera que o podeis compreender.

Supondo-se um limite para o espaço, qualquer que seja a distância a que o pensamento possa concebê-lo, a razão

diz que, além desse limite,  há alguma coisa. E assim, pouco a pouco, até o infinito, porque essa alguma coisa, mesmo que fosse o vazio absoluto, ainda seria espaço. (KARDEC, 2009, p.66)

 

36. O vazio absoluto existe em alguma parte do espaço universal?

– Não, nada é vazio. O que é vazio para ti está ocupado por uma matéria que escapa aos teus sentidos e aos teus instrumentos. (KARDEC, 2009, p.66)

 

Compreende-se facilmente as limitações que a matéria impõe aos habitantes da Terra, principalmente, aos encarnados. O que parece estranho é o apego as limitações impostas pelas formas arcaicas de pensar. Não deveria o homem, pelos menos aqueles que possuem uma concepção superior da vida, estarem sempre estimulados a superar as visões de mundo que induzem a acomodação espiritual? Nenhum ensino será verdadeiramente útil em mãos enrijecidas pelo comodismo ou envoltas no mofo do tradicionalismo. Trilhar o caminho cristão é aceitar o novo, é superar o comodismo. Como ensina Jesus: aqueles que se apegarem a vida perdê-la-ão!

A infinidade do espaço e do amor de Deus deve nos inspirar sempre a renovação, a busca do infinito que começa obrigatoriamente em nosso íntimo, em nossa renovação. Como negar isso quando o próprio Criador nos dá o exemplo?

 

41. Um mundo completamente formado pode desaparecer e a matéria que o compõe espalhar-se de novo no espaço?

      – Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivas. (KARDEC, 2009, p. 67, grifo nosso) 

 

Deus a tudo e sempre renova. Na medida em que evoluímos, Deus permite que participemos de forma mais consciente da renovação da criação, ensinam os espíritos da codificação. Essa realidade se aplica as nossas tarefas cotidianas, inclusive, nos processos educacionais espíritas. Muitos indagam: Se Deus deseja a renovação, por que os Espíritos não orientam a renovação dos métodos educacionais do movimento espírita? Eles sempre fazem! O que é difícil é encontrar, nos dizem os amigos espirituais, pessoas com o coração aberto para aceitar-lhes as sugestões. Eles não nos darão “receitas de prontas” até porque elas estariam condenadas ao fracasso.

Educação é um processo dinâmico, ativo e que exige a participação, o envolvimento do educador. E isso é muito diferente da aplicação de uma aula pronta. Há um sentimento de tristeza intensa nos grandes educadores espíritas desencarnados com esse “hábito” das aulas pré-fabricadas, mas não sob medida...

Precisamos a aprender a renovar em nossa esfera de ação, em particular no centro espírita, para colaborarmos com a renovação da sociedade que é também obra divina.

 

Vamos às questões 55 e 56.

 

55. Todos os globos que circulam no espaço são habitados?

– Sim, e o homem terreno está bem longe de ser, como acredita, o primeiro em inteligência, bondade e perfeição. Há, entretanto, homens que se julgam espíritos fortes e imaginam que só este pequeno globo tem o privilégio de ser habitado por seres racionais. Orgulho e vaidade! Crêem que Deus criou o Universo somente para eles.

Deus povoou os mundos de seres vivos, e todos concorrem para o objetivo final da Providência. Acreditar que os seres vivos estejam limitados apenas ao ponto que habitamos no Universo, seria pôr em dúvida a sabedoria de Deus, que nada fez de inútil e deve ter destinado esses mundos a um fim mais sério do que o de alegrar os nossos olhos. Nada, aliás, nem na  posição, no volume ou na constituição física da Terra, pode razoavelmente levar-nos à suposição de que ela tenha o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de mundos semelhantes. (KARDEC, 2009, p.70, grifo nosso) 

        Se não nos julgamos os primeiros em inteligência, bondade e perfeição, como não nos renovarmos? Como nos acomodarmos em uma situação que sabemos não ser a ideal? Amigos educadores: é preciso aceitar que temos ainda métodos de ensino muito imperfeitos e, a partir disso, trabalharmos intensamente pelo aperfeiçoamento de todo o processo.

Aperfeiçoar a educação espírita é um processo que envolve: o educador e sua preparação emocional em relação ao tema; o ambiente de estudo; os recursos pedagógicos (gravuras, músicas, trechos de filmes, poemas, histórias, fantoches, pinturas, encenações etc) que utilizamos; o tipo de relacionamento do grupo; a sintonia com os amigos espirituais; a preparação antecipada das aulas que contenham a relação direta entre o Espiritismo e a vida cotidiana, momentos de debate, estudo, de arte e autoconhecimento, além de propostas de a prática.

Entender a grandiosidade da vida deve nos induzir ao esforço máximo de nos aperfeiçoarmos e de colaborarmos com a melhoria de todos com que nos relacionamos. 

56. A constituição física dos diferentes globos é a mesma?

     – Não; eles absolutamente não se assemelham. (KARDEC, 2009, p.70)

 

Deus não padronizou os sequer mundos. Devemos padronizar nossas atividades educativas? Podemos trilhar o mesmo caminho, mas cada um deve utilizar de sua criatividade e de seu bom-senso na caminhada. O caminho que propomos está inicialmente apresentado no volume I de Reflexões Educacionais e será em outras obras.

 

Capítulo VI

 

Submissão a vontade harmônica e criativa de Deus

 

117. Depende dos Espíritos apressar o seu avanço para a perfeição?

      – Certamente. Eles chegam mais ou menos rapidamente, segundo o seu desejo e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que uma rebelde? (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.88, grifo nosso)

 

172. Nossas diferentes existências corpóreas se passam todas na Terra?

      – Não, mas nos diferentes mundos. As deste globo não são as primeiras nem as últimas, porém as mais materiais e distantes da perfeição. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.106, grifo nosso)

 

192-a. O homem pode assegurar-se nesta vida uma existência futura menos cheia de amarguras?

     – Sim, sem dúvida, pode abreviar o caminho e reduzir as dificuldades. Somente o desleixado fica sempre no mesmo ponto. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.111, grifo nosso) 

 

Torna-se evidente a responsabilidade individual por sua evolução. Ter o ardente desejo de evoluir e ser submisso a vontade do criador são os requisitos necessários, mas em relação a submissão existem muitos equívocos! Leia-se com atenção: é submissão a vontade de Deus. E isso significa caminhar segundo a ordem do universo que, como vimos, é de renovação constante.

Considerando, ainda, estarmos em um mundo dos mais atrasados, é imperioso o aperfeiçoamento íntimo e social. A questão seguinte explica: somente os desleixados não se aperfeiçoam, para eles, longos períodos de sofrimento serão necessários, porque o caminho do mal não é apenas o do crime e o da maldade é também do da estagnação espiritual.

 

457-a. Assim sendo, pareceria mais fácil ocultar-se uma coisa a pessoa viva, pois não o podemos fazer a essa mesma pessoa depois de morta?

        – Certamente, pois quando vos julgais bem escondidos, tendes muitas vezes ao vosso lado uma multidão de Espíritos que vos vêem. (KARDEC, 2009, p.184)

 

458 Que pensam de nós os Espíritos que estão ao nosso redor nos observam?

       – Isso depende. Os Espíritos levianos riem das pequenas traquinices que vos fazem, e zombam das vossas impaciências. Os Espíritos sérios lamentam as vossas trapalhadas e tratam de vos ajudar.  (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.184, grifo nosso) 

 

O que pensam os amigos espirituais de nossos estudos nos grupos educacionais espíritas? Temos consultado os espíritos sérios que dirigem a instituição que participamos a respeito dos processos educativos que empregamos? Estariam eles mais felizes com a utilização de métodos tradicionais ou de uma metodologia inspirada na pedagogia do Cristo e na pedagogia divina? Em uma metodologia padronizadora ou dinâmica? O que os espíritos sérios nos aconselhariam? Seria interessante consultá-los, dialogar com os amigos espirituais, por meio de médiuns moralizados. É uma experiência enriquecedora que todos os espíritas devem vivenciar.

 

 

487. Qual a espécie de mal que mais faz os Espíritos se afligirem por nós: o mal físico ou o moral?

        – Vosso egoísmo e vossa dureza de coração: daí é que tudo deriva. Eles riem de todos esses males imaginários que nascem do orgulho e da ambição, e se rejubilam com os que têm por fim abreviar o vosso tempo de prova. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.190, grifo nosso)

 

521. Alguns Espíritos podem ajudar o progresso das artes, protegendo os que delas se ocupam?

         – Há Espíritos protetores especiais e que assistem aos que os invocam, quando os julgam dignos; mas que quereis que eles façam com os que crêem ser o que não são? Eles não podem fazer os cegos verem nem os surdos ouvirem. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.197, grifo nosso)

 

        É uma verdade espírita incontestável o amparo espiritual que possuem todas as atividades nobres na Terra. Isso se aplica, também, as instituições espíritas. Por isso, podemos afirmar o interesse dos espíritos sérios vinculados à educação espírita pela renovação dos métodos de ensino. Por que então a dificuldade de renovação? Talvez pela dureza de coração de alguns e pelo despreparo de outros, pois eles não podem fazer os voluntariamente cegos verem. É preciso, como ensina a Lei de sintonia, preparar-se, querer, buscar. Ter o coração desejoso de algo melhor e percorrer o caminho da busca. Assim, conseguiremos a aproximação dos espíritos que desejam a nossa renovação espiritual.

 

573. Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?

         – Instruir os homens, ajudá-los a avançar, melhorar as suas instituições por meios diretos e materiais. Mas as missões são mais ou menos gerais e importantes. Aquele que cultiva a terra cumpre uma missão, como aquele que governa ou aquele que instrui. Tudo se encadeia na Natureza; ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, também concorre por essa forma para o cumprimento dos desígnios da Providência. Cada um tem a sua missão neste mundo, porque cada um pode ser útil em algum sentido. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.210)

 

574. Qual pode ser a missão de pessoas voluntariamente inúteis na Terra?

        – Há efetivamente pessoas que só vivem para si mesmas e não sabem tornar-se úteis para nada. São pobres seres que devemos lamentar, porque expiarão cruelmente sua inutilidade voluntária. Seu castigo começa frequentemente desde este mundo, pelo tédio e o desgosto da vida. (Livro dos Espíritos, KARDEC, 2009, p.210, grifo nosso)

 

Estamos conscientes de nossa obrigação de instituir no mundo a Civilização do Espírito? Não devemos, nós, os espíritas, nos sentirmos entre os responsáveis por esse imenso processo de transformação? O que temos feito, de fato, pela instituição na Terra do Reino do Cristo? Que mundo e que movimento espírita estamos construindo?

        Como sabemos não há “meios termos” quando se trata de compromisso espiritual: colaboramos efetivamente para renovação do mundo ou apoiamos a continuidade do atraso moral e suas infelizes consequências. Assim falava o Cristo: quem não é por mim e contra mim.

 

 

 

Capítulo VII

O Messias inovador

 

625. Qual o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo?

        – Vede Jesus.

Jesus é para o homem o tipo de perfeição moral a que pode aspirar a Humanidade na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ele ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque ele estava animado do Espírito divino e  foi o ser mais puro que já apareceu na Terra. (KARDEC, 2009, p.225, grifo nosso) 

 

657. Os homens que se entregam à vida contemplativa, não fazendo nenhum mal e só pensando em Deus, têm algum mérito aos seus olhos?

       – Não, pois se não fazem o mal, também não fazem o bem e são inúteis. Aliás, não fazer o bem já é um mal. Deus quer que se pense nEle, mas não que se pense apenas nEle, pois deu ao homem deveres a serem cumpridos na Terra. Aquele que se consome na meditação e na contemplação nada faz de meritório aos olhos de Deus, porque sua vida é toda pessoal e inútil para a Humanidade. Deus lhe pedirá contas do bem que não tenha feito. (Ver item 640). (KARDEC, 2009, p.232, grifo nosso)

 

Compreendendo que Jesus é o maior modelo de conduta que Deus enviou a Terra e que todos temos a obrigação perante Deus de fazer todo o bem possível, não torna-se evidente o compromisso do educador espírita com o aperfeiçoamento da formas de ensinar? Não deve ele, inspirado pelo modelo de Jesus, estruturar encontros que estimulem a compreensão, intelectual e emocional, da vida espiritual? Não deve ele preparar os educandos para conhecer e familiarizar-se com intercâmbio mediúnico como fez Jesus? Se possível, não deve o educador permitir que seus educandos observem e entendam os processos de curas espirituais como fazia o Mestre em plena praça pública? A certeza da imortalidade não deveria ser uma das preocupações principais do educador espírita como fez o Cristo, por meio do estudo dos fenômenos mediúnicos e do próprio testemunho após a crucificação? Seguir o Mestre nessas experiências educativas é plenamente possível aos educadores espíritas. É preciso querer, pois “Deus nos pedirá contas do bem que não foi feito.”

 

 

662. Pode-se orar utilmente pelos outros?

      – O Espírito daquele que ora está agindo pela vontade de fazer o bem. Pela prece, atrai a ele os bons Espíritos que se associam ao bem que deseja fazer.

         Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea. A prece por outros é um ato dessa vontade. Se for ardente e sincera, pode chamar os bons Espíritos em auxílio daquele por quem pedimos, a fim de lhe sugerirem bons pensamentos e lhe darem a força necessária para o corpo e a alma. Mas ainda nesse caso a prece do coração é tudo e a dos lábios não é nada. (KARDEC, 2009, p.233,  grifo nosso)

 

 

        Utilizamos o poder da prece e o auxílio dos bons espíritos de forma ampla e adequada no processo educacional espírita? Mobilizamos os amigos da espiritualidade para proporcionar experiências estimuladoras do crescimento de nossos educandos?         Preparamo-nos e preparamos nossos educandos para as vivências educativas na espiritualidade durante nossos desdobramentos diários?  Já que temos a certeza da presença da espiritualidade em nossos grupos educativos e de que saímos do corpo ao dormir, porque não utilizarmos esses momentos para realizarmos excelentes atividades educacionais? O conhecimento doutrinário não deve nos orientar para ampliarmos a ação cristã no mundo?

 

 

685-a. Mas o que fará o velho que precisa trabalhar para viver e não pode?

       – O forte deve trabalhar para o fraco; na falta da família, a sociedade deve ampará-lo: é a lei da caridade. (KARDEC, 2009, p.240-241)

 

(...)

A ciência econômica procura o remédio no equilíbrio entre a produção e o consumo, mas esse equilíbrio, supondo-se que seja possível, sofrerá sempre intermitências e durante essas fases o trabalhador tem necessidade de viver. Há um elemento que não se ponderou bastante, e sem o qual a ciência econômica não passa de teoria: a educação. Não a educação intelectual, mas a moral, e nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar os caracteres, aquela que cria os hábitos, porque educação é conjunto de hábitos adquiridos. (...)(KARDEC, 2009, p.241, grifo nosso)

 

 

        A genialidade de Allan Kardec mostra-se em comentário aparentemente simples, mas que revela sua profunda compreensão da vida, inclusive, ultrapassando a ciência de sua época.

        Na época de Kardec, a definição de ciência econômica engloba as ciências sociais em geral, além da economia, como a sociologia, a antropologia e a ciência política. Quando o codificador afirma a impotência da ciência econômica, portanto, refere-se a todas as ciências que visam entender e melhorar a sociedade.

        A afirmativa de que a educação intelectual é insuficiente para que estabeleçamos uma sociedade em que a dignidade esteja presente em todas as dimensões é hoje plenamente confirmada e compreendida por todos.  

        O alerta, porém, de que a verdadeira educação moral não se faz pelos livros ainda não foi compreendida pelo movimento espírita encarnado. As aulas de educação espírita seguem a receita do tradicionalismo... livresca como diriam alguns educadores. O que isso significa?   Significa que, frequentemente, não há um momento para se discutir as temáticas atuais, pois eles não estão nos livros. Não há dinâmicas em que se coloquem o sentimento e as experiências da vida cotidiana, elas também não estão nos livros... As propostas de ação ligadas às necessidades específicas do grupo e do centro não podem estar nos livros! Também, por isso, afirmou Kardec (2009, p.241) “... nem ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar os caracteres...”

 

738. Deus não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os flagelos destruidores?

      – Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É o homem quem não os aproveita; então, é necessário castigá-la em seu orgulho e fazê-lo sentir a sua fraqueza. (KARDEC, 2009, p.254, grifo nosso)

 

783. O aperfeiçoamento da Humanidade segue sempre uma marcha progressiva e lenta?

      – Há o progresso regular e lento que resulta da força das circunstâncias; mas quando um povo não avança bastante rápido, Deus lhe provoca, de tempos a tempos, um abalo físico ou moral que o transforma.

Sendo o progresso uma condição da natureza humana ninguém tem o poder de se opor a ele. É uma força viva que as más leis podem retardar, mas não asfixiar. (KARDEC, 2009, p.264, grifo nosso)

 

785. Qual o maior obstáculo ao progresso?

        – São o orgulho e o egoísmo. (...)(KARDEC, 2009, p.265)

 

863. Os costumes sociais não obrigam muitas vezes o homem a seguir um caminho errado? E não está ele submetido à influência das opiniões na escolha de suas ocupações? Isso a que chamamos respeito humano não é um obstáculo ao exercício do livre arbítrio?

      São os homens que fazem os costumes sociais e não Deus; se a eles se submetem, é que lhes convém.  Isso também é um ato de livre arbítrio, pois se quisessem poderiam rejeitá-los. Então, por que se lamentam? Não são os costumes sociais que eles devem acusar, mas o seu tolo amor-próprio, que os leva a preferir morrer de fome a infringi-los. (...)(KARDEC, 2009, p.286, grifo nosso)

 

889. Não há homens reduzidos à mendicidade por sua própria culpa?

Sem dúvida. Mas se uma boa educação morallhes tivesse ensinado a praticar a lei de Deus, não teriam caído nos excessos que os levaram à perda. E é disso, sobretudo, que depende o melhoramento do vosso globo. (Ver item 707). (KARDEC, 2009, p.296, grifo nosso)

 

Relacionando estas questões torna-se claro a responsabilidade do indivíduo pelo progresso. A renovação é uma obrigação que Deus impõe aos homens e quando estes não seguem essa Lei são utilizados os flagelos destruidores, tanto físicos como morais para despertar os espíritos de sua estagnação evolutiva.

        Evidencia-se, também, que evitamos o sofrimento desses flagelos quando não nos acomodamos nos preconceitos sociais e trabalhamos pelo aperfeiçoamento intelectual e moral. Isso se aplica, certamente, em relação aos métodos de ensino do Espiritismo, porque desenvolver uma educação moral mais profunda terá como resultado a superação das situações de miséria em nosso globo. A superação da miséria moral e material está vinculada ao aperfeiçoamento da educação espírita. Temos consciência dessa realidade e de nossa responsabilidade social?

        Uma verdadeira educação moral caracteriza-se, segundo o comentário de Kardec na questão 928-a (2009, p.309), como aquela que prepara os homens para estarem “...acima dos tolos preconceitos do orgulho...”

 

 

 

 Capítulo VIII

A fraqueza culposa

 

Muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretém e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza.

( AGOSTINHO, Santo. A ingratidão dos filhos e os laços de família. In: KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV. Item 9)

 

932. Por que, neste mundo, os maus exercem geralmente maior influência sobre os bons?

       – Pela fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Estes, quando quiserem, assumirão a preponderância. (KARDEC, 2009, p.310, grifo nosso)

 

988. Há pessoas para as quais a vida flui numa serenidade perfeita; que, não tendo necessidade de fazer qualquer coisa para si mesmas, estão livres de cuidados. Essa existência feliz é uma prova de que nada têm a expiar de uma existência anterior?

     – Conheces muitas assim? Se o acreditas, enganas-te. Em geral essa serenidade não é mais do que aparente. Podem ter escolhido essa existência, mas, quando a deixam, percebem que ela não os ajudou a progredir: então, como os preguiçosos, lamentam o tempo perdido. Sabei que o Espírito não pode adquirir conhecimentos e se elevar senão através da atividade; se ele adormece na despreocupação, não se adianta... É semelhante àquele que, de acordo com os vossos costumes, tem necessidade de trabalhar e vai passear ou dormir para nada fazer. Sabei também que cada qual terá de prestar contas da inatividade voluntária durante a sua existência; essa inutilidade é sempre fatal à felicidade futura... (KARDEC, 2009, p.328-329, grifo nosso)

A inatividade e o comodismo são, hoje, os filhos do orgulho e do egoísmo que mais infelicidade geram no mundo. A acomodação, inclusive dos espíritas, com as trágicas misérias morais e materiais que eclodem no planeta é um espetáculo ainda mais triste que as próprias tragédias.

        Que poderiam fazer eles, alguns indagam? Não acomodar-se! Aplicar todos os poderosos recursos que a providência divina depositou-lhes nas mãos! Utilizar-se de métodos educacionais avançados, direcionar a mediunidade em suas amplas possibilidades de socorro e de comprovação da imortalidade, aderir as campanhas que visam melhorar a educação e a melhor aplicação dos recursos públicos. Talvez devido à educação moral ensinada nos centros espíritas estar muito restrita aos livros, não se aprende a naturalidade do intercâmbio mediúnico, nem a necessidade de participação nas graves questões sociais como a educação e a ecologia. Estamos nós, espíritas, vivendo conforme uma compreensão superior de vida? Estamos vivendo a mensagem do Cristo em nossos grupos de estudo espírita? Sentimo-nos emocionalmente participativos?

         Amigos e amigas, é preciso mudarmos a situação de nosso planeta! Comecemos com nossa mudança íntima e também pela mudança em nosso grupo de estudo espírita. Existe um talento divino em nossos corações e a luz da compreensão espírita deve nos guiar no caminho difícil da vida.Pensemos, sintamos e indaguemos: quantos corações desejosos de paz, nas duas dimensões da vida, aguardam que movamos nossos braços, que exemplifiquemos em nossas vidas, que elevemos nossas vibrações para que suas dores sejam menos sofridas e para que tenham forças de recomeçar... Nós, que aqui estamos, vivendo uma maravilhosa oportunidade de renovação não devemos a tudo abandonar por comodismo ou por timidez. É vontade de Deus que caminhemos em sua direção... E o caminho que leva a Deus é o da renovação profunda inspirada no amor. Fiquemos juntos em nossa caminhada e seremos vencedores!

 

 

 

Conclusão 

 

Amigos,

 

        Este é o segundo livro da série Reflexões Educacionais. É importante sua opinião sobre nosso trabalho, apenas com o diálogo construtivo conseguiremos a renovação que tanto precisamos. Visite nosso blog – www.grupomarcos.com.br -  e envie-nos as suas impressões desse livro e suas sugestões para os próximos. Desejamos, um dia, que nos encontremos em nossos encontros educativos ou em um jardim tranquilo em que possamos falar com calma e entusiasmo da renovação da educação espírita.

 

                Com carinho,

 

                               Dos amigos Grupo Marcos.

 

 

Referências bibliográficas

 

KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o espiritismo. Tradução de José Herculano Pires. Capivari(SP): Editora EME, 1996. Cap. XVII, item 4, p.251.

 

KARDEC, Allan. Habitações do Planeta Júpiter. In: REVISTA ESPÍRITA: jornal de Estudos Psicológicos; Ano primeiro, 1858. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 3.ed. Rio de janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2007. p 355, 359.

 

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução, revisão e notas de José Herculano Pires. 66ªed. São Paulo: Lake, 2009. Questão 1, p.57.

_______. _______. Questão 4, p.57-58

_______. _______  Questão 8, p.57-58

_______. _______. Questão 9, p.58

_______. _______  Questão 19, p.62

_______. _______. Questão 35, p.66

_______. _______  Questão 36, p.66

_______. _______. Questão 41, p.67

_______. _______  Questão 55, p.70

_______. _______. Questão 56, p.70

_______. _______   Questão 117,p.88

_______. _______. Questão 172, p.106

_______. _______  Questão 192-a,p.111

_______. _______. Questão 457-a,p.184

_______. _______  Questão 458,p.184

_______. _______. Questão 487, p.190

_______. _______  Questão  521,p.197

_______. _______. Questão 573, p.210

_______. _______  Questão 574, p.201

_______. _______. Questão 625, p.225

_______. _______. Questão 635, p.228

_______. _______  Questão 657, p.232

_______. _______. Questão 662, p.233

_______. _______  Questão 658-a, p.240-41

_______. _______. Questão 738, p.254

_______. _______  Questão 783, p.264

_______. _______. Questão 785, p.265

_______. _______   Questão 863,p.286

_______. _______. Questão 889, p.296

_______. _______  Questão 928-a,p.309

_______. _______. Questão 932,p.310

_______. _______  Questão 988,p.328-29

 

 

Nosso coordenador

 

 

 

 

Ivan Santos de Albuquerque nasceu em Brotas, estado de São Paulo, em 16/01/1918 e desencarnou em 05/04/1946 com 28 anos. Jovem dedicado ao Bem, foi espírita sincero e trabalhou intensamente em prol da Doutrina Espírita e do amparo de quem sofre. Soube sempre se sacrificar em benefícios dos irmãos e familiares, como também de todos que encontrou em seu caminho. É o espírito amigo que desde 2001 coordena ostensivamente nossas atividades.

 

Eis o trecho de uma apresentação escrita por uma jovem, de treze anos, integrante do grupo Marcos.

 

Ivan é um amigo e tanto! Sempre que peço, ele vem e me ajuda muito! Ele é doce e atencioso, mas também rigoroso na medida certa. Quando tem que chamar atenção, ele fala. Com o Ivan é possível conversar, dialogar de forma tranquila e amigável. Ele nos escuta, nos compreende, nos ama de coração.

Ele desencarnou bem jovem, depois de ter cumprido uma linda missão aqui na Terra. Eu o considero um verdadeiro exemplo.

 

 

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